A campanha de vacinação contra a Covid-19 está entre nós há algum tempo. Superando as dificuldades, o processo segue firme e com isso grupos cada vez maiores de pessoas tem acesso à aguardada imunização.
Os municípios da região metropolitana de Recife já vêm consistentemente abrindo grupos de vacinação que transcendem os grupos de risco, pessoas com comorbidades etc. E aí entramos em uma questão que passa a impactar o dia a dia das empresas de maneira mais frequente: como orientar os colaboradores já vacinados?
A resposta está no diálogo constante e em uma postura conscientizadora.
O primeiro passo é sempre relembrar a todos da equipe que a vacinação contra o coronavírus não nos torna imunes a contraí-lo. Acreditar nisso faz com que relaxemos nos protocolos de segurança e coloquemos a saúde de todos em risco.
As vacinas agem como atenuante dos sintomas prevenindo a gravidade da doença e consequentemente os óbitos, como bem detalhou matéria da CNN Brasil de maio deste ano. (Link ao final do artigo).
Portanto é necessário ainda que reforcemos sempre os cuidados, mantendo os comportamentos preventivos que já fazem parte de nossa rotina: distanciamento social, higienização constante das mãos preferencialmente com água e sabão, mas alternativamente com álcool a 70% e sempre o uso de máscaras.
Mesmo dentro da parcela da equipe já vacinada, precisa-se incentivar e cobrar o uso correto da máscara cobrindo nariz e boca. As mucosas, como todos sabem são a principal porta de entrada para o vírus em nosso organismo e fluidos como saliva são um relevante vetor de transmissão.
Tal cuidado deve ser observado se não como sinal de respeito e cuidado com a saúde de todos ao redor, mas também como cuidado com a própria saúde. Sabemos que existem já diversas variantes em circulação do vírus no país, sendo a mais recente a B.1.621 identificada em Cuiabá após a realização da Copa América (Link ao final do artigo).
A falta de atenção às medidas protetivas, especialmente ao uso da máscara no período entre a aplicação da primeira e da segunda dose podem nos colocar em situação vulnerável de contágio pois até a data de publicação desse texto não temos uma taxa significativa de pessoas vacinadas nem uma situação pandêmica controlada, como aponta a infectologista Raquel Stucchi, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) em entrevista à Veja Saúde no último mês de junho (Link ao final do artigo).
Para criarmos um ambiente de trabalho seguro, a colaboração de todos nunca se fez tão necessária quanto nos tempos que estamos atravessando. É preciso que todos tenhamos sempre em mente: a pandemia ainda não acabou.
Por fim, uma questão às vezes bastante levantada é a respeito da obrigatoriedade da vacinação por parte dos colaboradores. Muitas vezes surge a dúvida “a empresa pode exigir meu cartão de vacinação atualizado?”
Bem, esta questão não é diretamente respondida com um “sim ou não”, tudo vai variar de acordo com as leis estaduais. Como um mérito de saúde pública, o estado pode sim estabelecer que a vacinação é obrigatória.
Em situações assim, como também é dever da empresa zelar e ser responsável pela segurança e saúde no ambiente de trabalho, há sim a possibilidade de requerimento da comprovação de cartão de vacinação atualizado por parte dos funcionários em cumprimento à lei estadual.
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Links Relacionados:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-57829968
https://saude.abril.com.br/medicina/por-que-usar-mascaras-mesmo-apos-a-segunda-dose-da-vacina/